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BRASIL: Administração Colonial

No período inicial da colonização, o governo português estava pouco disposto a investir muitos recursos na colonização do Brasil, e por isso decidiu transferir a tarefa para iniciativa particular.

Dessa maneira, em 1534, o rei D João III determinou a divisão do território brasileiro em grandes porções de terra (15 capitanias ou donatarias) entregues a pessoas que tinham condições de investir nas terras: os capitães ou donatários.

Nomeado pelo rei, o donatário era a autoridade máxima dentro da capitania e, caso ele morresse, a administração da capitania era passada para seu filho. Por esse motivo, as terras eram chamadas de capitanias hereditárias. Para regulamentar essa aliança entre o rei de Portugal e os donatários, dois documentos eram firmados: a Carta de Doação e a Carta Foral.

Sob o ponto de vista econômico, poucas capitanias prosperaram e obtiveram lucros, como Pernambuco e São Vicente, que cresceram com a produção de açúcar. As demais capitanias não prosperaram devido a vários fatores: terras muito extensas, hostilidade dos indígenas, problemas de comunicação com a metrópole e falta de solo propício para o cultivo da cana-de-açúcar em algumas terras. Apesar disso, o sistema de capitanias lançou as bases da colonização, estimulando a criação de núcleos de povoamento, como: São Vicente(1532), Porto Seguro(1535), Ilhéus (1536), Olinda(1537) e Santos (1545). Contribuiu ainda para a preservação da posse das terras e para revelar as chances de exploração econômica da colônia.

Quase duas décadas depois da criação das capitanias hereditárias instituiu-se um poder central, o governo-geral, e, no campo local, foram estabelecidas as câmaras municipais, semelhantes às já já existiam em Portugal. O ano de 1540, com a transformação de Salvador, Bahia, na capital do Brasil, e com a vinda dos governadores Gerais como Tomé de Souza, Duarte da Costa e Mem de Sá, consolidou-se a colonização Junto com estes vieram padres jesuítas como Manoel da Nóbrega e José Anchieta para cristianizar os índios. Também deste grupo faziam parte um Ouvidor-Mor (cuida da justiça); um Provedor-Mor (cuida das finanças) e um Capitão-Mor (cuida do exército e da marinha).

O primeiro Ciclo Econômico do Brasil foi o da Cana de Açúcar estabelecida no nordeste do Brasil, com o apoio do governo holandês. O Brasil produzia a cana, utilizava mão-de-obra escrava e tinha terra propícia para a produção da cana. Além disso, o açúcar era produto escasso na Europa e bastante caro. O governo holandês transportava o açúcar, beneficiava e depois distribuía pelo mundo.

As primeiras mudas foram plantadas na capitania de São Vicente, atual estado de São Paulo. Rapidamente a cultura prosperou e se tornou a principal atividade econômica da colônia. Além disso, com o comércio do açúcar consolidado a colonização do litoral brasileiro se intensificou.

Nos anos de 1580 a 1640, O Brasil passou por sérios problemas por causa da União Ibérica, pois o rei de Portugal morreu sem deixar herdeiros. Como não havia filho, o parente mais próximo era o rei da Espanha. Desta forma, nós e todas as colônias portuguesas na África e na Ásia, passamos a pertencer à Espanha. O problema é que Espanha e Holanda eram inimigas e os holandeses foram expulsos do Brasil. Assim, perdemos os financiadores da nossa produção de cana. Não satisfeitos, os holandeses invadiram o Brasil e durante vários anos, tivemos um governo espanhol na capital Salvador e outro governo holandês em Recife, Pernambuco.

O ciclo do açúcar entrou em crise no Brasil no século XVII quando os holandeses passaram a produzir açúcar na região do Caribe, após terem sido expulsos do nordeste brasileiro, mais especificamente de Pernambuco. Além de produzirem açúcar, os holandeses também controlavam o comercio do produto e vendia ele mais barato na Europa. Com as Entradas e Bandeiras, foi descoberto ouro nas regiões de Minas Gerais. Iniciou-se assim o segundo Ciclo Econômico do Brasil, chamado de Mineração. Nossa capital federal passou a ser o Rio de janeiro, por estar na rota de exportação do ouro e das pedras preciosas que vinham de Minas Gerais. Durante o período do ouro, tivemos revoluções que pretendiam libertar o Brasil de Portugal, tais como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. Ambas foram derrotadas pelas tropas do governo e seus líderes mortos.

No ano de 1808, veio para o Brasil a Família Real Portuguesa e algumas inovações foram produzidas tais como o jardim Botânico do Rio de Janeiro, a vinda de um grupo de cientistas franceses para estudar a flora e a fauna brasileira, construção de palácios, uma biblioteca nacional, fundação do Banco do Brasil, a Faculdade de Medicina, entre outras.

Desta forma, mesmo antes do processo de independência, o Brasil deixou de ser colônia e passou à categoria de Reino Unido, ou país irmão de Portugal porque, do ano de 1808 até 1820, as leis para todas as colônias portuguesas partiam do Brasil, pois aqui estava a Família Real e seus funcionários.

Por causa da Revolução do Porto ocorrida em Portugal no ano de 1820, D. João VI, rei de Portugal que estava no Brasil, decide retornar a Portugal, deixando aqui seu filho D. Pedro I para comandar o país. Começa aí o processo de Independência do Brasil.

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