Blog

Siga-nossas dicas!

Unsplashed background img 1
O antigo Regime

O Antigo Regime foi o sistema político e econômico, social e cultural que vigorou na Europa entre metade do século XV e finais do século XVIII. A sociedade da época era dividida entre o extremo luxo de um lado e a desigualdade e miséria do outro. Sua origem está no final da Idade Média (quando os Estados Nacionais começaram a se formar), a partir de um acordo realizado entre a aristocracia (antigos senhores feudais e clero) e o rei, que permitiu a centralização do poder (monarquia absoluta).

Sociedade, Política, Economia e Religião
No plano social, o Antigo Regime caracterizou-se, sobretudo, pela ausência de igualdade social: de um lado, imperava a miséria da população e, por outro, um reduzido grupo, formado por nobres e alguns elementos do clero, que gozava de privilégios e vivia luxuosamente.

A sociedade era composta, basicamente, por três grupos sociais: 
- o clero e a nobreza, que ocupavam o topo da pirâmide social e, 
- a burguesia e o povo em geral, que ocupavam a base e eram a maioria.

No plano político, vigorava o regime absolutista: uma organização central, cuja autoridade era exercida pelo rei. As características que identificam um Estado Moderno de viés absolutista são: 
- criação de impostos;
-  publicação de leis; 
- criação da moeda única (antes, cada feudo tinha sua própria moeda),
- um exército permanente;
- contratação de funcionários designados pelo rei;
- aplicação da justiça a partir da instituição de uma Justiça Real.

No plano econômico, vigorava o sistema mercantilista, com o controle da economia pelos Estados Modernos. Dentre outros, envolvia práticas como: 
- o metalismo (a riqueza de um país media-se pelo acúmulo de metais preciosos); 
- a balança comercial favorável;  o protecionismo comercial e;
- a criação de indústrias manufatureiras.

A burguesia era dividida em alta, média e baixa. A alta era composta por burgueses que, mesmo economicamente poderosos, não possuíam privilégio algum e não tinham autorização para influir na política do Estado.

Com o fim do sistema feudal, a aproximação entre os Estados Modernos e a classe burguesa foi inevitável e, também, necessária: é que, finaceiramente, o Estado não se garantia e dependia do recolhimento de impostos pagos, principalmente, pela burguesia para se sustentar. Sendo assim, a transição do feudalismo para o mercantilismo ocorreu, principalmente, devido à essa aliança feita entre a nobreza e a burguesia. Porém, à classe burguesa não foi dado o direito de interferir nos rumos políticos do país. Por conta desta característica, é correto afirmar que o Antigo Regime baseava-se politicamente no absolutismo e, economicamente, no mercantilismo.

No plano religioso, a Igreja também teve um papel muito importante na manutenção do poder real. Afinal, foram os seus teóricos que afirmavam que o maior poder sobre a Terra era o de Deus, mas o monarca era o Seu representante. Por esta razão, o rei deveria ser reverenciado e respeitado em toda e qualquer decisão que tomasse. Afinal, desrespeitar o representante de Deus na Terra, equivaleria a desrespeitar o próprio Deus. Assim nasce o Direito Divino dos reis.

Compartilhe: