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A política em Platão

De acordo com Platão, somente quando os filósofos se tornarem governantes ou os governantes filósofos, o estado platônico será possível.

Na República, seu principal livro, ele descreve um Estado Ideal e utópico. De acordo com ele, o corpo humano é composto por 03 partes: cabeça, peito e abdômen. A cabeça pensa e usa a razão; o peito decide a vontade e o abdomen, o prazer. Para cada uma destas partes, existe uma virtude. A cabeça precisa procurar a sabedoria, o peito deve mostrar coragem e o abdômen precisa ser controlado para que o homem possua virtudes.

Platão imagina o Estado organizado da mesma maneira. Assim como o homem possui cabeça, peito e abdômem, o Estado possui reis, soldados e comerciantes. Assim como a cabeça coordena o corpo, os reis devem ser filósofos, pensadores e coordenar os demais. Portanto, ele imagina um Estado ideal com três classes sociais distintas: os que pensam, os que lutam e os que trabalham.

Filósofo, para ele, é a pessoa que tem o conhecimento do bem e do mal e das virtudes que o ser humano traz em sua alma e que são eternas.

Igualmente conhecido na República é o Mito da Caverna, que ilustra como percebemos apenas parte do mundo:

Um grupo de pessoas vive acorrentada numa caverna desde que nasceu, de costas para a entrada. Elas veem refletida na parede da caverna as sombras do mundo real, pois há uma fogueira queimando além de um muro, depois da entrada. Elas acham que as sombras são tudo o que existe. Um dos habitantes se livra das amarras e, fora da caverna, primeiro ele se acostuma com a luz, depois vê a beleza e a vastidão do mundo, com suas cores e contornos. Ao voltar para a caverna para libertar seus companheiros, acaba sendo assassinado, pois não acreditam nele.

Da mesma forma, ao estudar a filosofia, aqueles que forem considerados aptos irão testar seus conhecimentos no mundo real, onde irão enfrentar todo tipo de problemas, ganhando comida conforme o trabalho, experimentando a crua realidade. Aos cinquenta anos, os que sobreviverem se tornarão os governantes do Estado. Ou seja, para ser governante, é necessário um longo caminho pela busca da sabedoria e só depois disso seria possível exercer a função de governar.

Através do Mito da Caverna, Platão afirma que a sociedade da época está presa a uma série de mitos e superstições que deveriam ser vencidos através do estudo racional, do uso da inteligência.

A divisão das três classes, surge como consequência da educação: os que mais se desenvolvem em termos de inteligência, tornam-se governantes, os que se destacam pela coragem, são soldados e, os demais, trabalhadores.

Hoje, o Estado também recorre a mitos como o da igualdade racial ou de que o Brasil é uma Democracia racial, o que não é verdade. A discriminação existe e não tem como negar. Um segundo mito é da igualdade entre homens e mulheres, o que também não corresponde à verdade: homens recebem salários maiores que as mulheres, mesmo quando exercem a mesma função. Um terceiro mito é de que todos são iguais perante a lei, mas a verdade é que quem tem mais dinheiro, tem mais possibilidades de vencer um processo.

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